Inventário: Documentos Necessários – O inventário é essencial para a transmissão dos bens deixados por uma pessoa falecida aos seus herdeiros. Para iniciar esse processo, os interessados devem reunir uma série de documentos, que variam conforme o tipo de inventário escolhido (judicial ou extrajudicial). A ausência de documentação adequada pode atrasar significativamente o procedimento, tornando indispensável um planejamento cuidadoso desde o início.
Documentos Essenciais para o Inventário
Documentos do Falecido
- Certidão de óbito – Documento fundamental para dar início ao inventário.
- RG e CPF – Identificação do falecido.
- Certidão de casamento ou escritura de união estável – Comprova o estado civil.
- Certidão Negativa de Testamento ou cópia do Testamento (se houver) – Caso exista testamento, o inventário deve ocorrer na via judicial.
- Certidões negativas de débitos federais, estaduais e municipais – Verificam a existência de dívidas com o fisco.
- Última declaração do imposto de renda.
Observação: Todas as certidões devem ter no máximo 90 dias da emissão
.Documentos dos Herdeiros
- RG e CPF de todos os herdeiros – Necessários para identificação e participação no processo.
- Comprovante de residência atualizado – Para registro no processo.
- Certidão de nascimento ou casamento – Comprova o vínculo familiar.
Observação: Todas as certidões devem ter no máximo 90 dias da emissão.
Documentos dos Bens a Inventariar
Bens Imóveis
- Certidão de registro do imóvel (matrícula) – Comprova a propriedade.
- Carnê do IPTU atualizado – Necessário para cálculo do ITCMD.
- Contrato de financiamento (se houver) – Caso o imóvel esteja financiado.
Observação: A certidão de matrícula deve ter no máximo 30 dias da emissão.
Bens Móveis
- Certificado de Registro de Veículo (CRV) – Para automóveis.
- Extratos bancários e aplicações financeiras – Para levantamento de ativos financeiros.
- Notas fiscais de bens de valor (joias, obras de arte, etc.) – Para avaliação patrimonial.
- Comprovante de participação em empresas (sociedade por quotas ou ações).
- Apólices de seguro.
- Contratos de empréstimos concedidos, caso o falecido seja credor de terceiros.
- Patentes, comprovantes de direitos autorais e outros direitos patrimoniais.
Dívidas e Obrigações
- Extratos de dívidas bancárias – Para levantamento de passivos.
- Cópias de contratos de empréstimos captados– Para identificar eventuais débitos pendentes.
Diferenças entre Inventário Judicial e Extrajudicial
Inventário Extrajudicial
- Ocorre de forma mais rápida e diretamente em cartório.
- Exige que todos os herdeiros sejam maiores, capazes e estejam de acordo com a partilha.
- Requer a presença de um advogado para análise e assinatura da escritura pública.
Inventário Judicial
- Necessário quando há herdeiros menores, incapazes ou desacordo na partilha.
- Demanda mais tempo devido à necessidade de decisão judicial.
- Pode gerar custos mais elevados com custas processuais e honorários.
Como Agilizar o Processo?
- Reunir toda a documentação com antecedência.
- Buscar assessoria jurídica especializada.
- Optar pelo inventário extrajudicial sempre que possível.
- Manter um diálogo transparente entre os herdeiros para evitar conflitos.
Conclusão
A organização documental correta é essencial para um inventário rápido e eficiente. Quanto antes os herdeiros reunirem os documentos necessários, mais célere será o processo, reduzindo complicações e custos adicionais. Contar com a assessoria de um advogado especializado em direito sucessório garante que todos os trâmites sejam cumpridos corretamente, assegurando segurança jurídica aos envolvidos.